Nem mesmo as chuvas conseguiram impedir o incêndio da Loja Ponto da Moda que começou por volta das 21h30min desta terça-feira no centro comercial de Juazeiro do Norte. As águas que caiam do céu, entretanto, ajudaram os militares do Corpo de Bombeiros a conter o avanço das chamas em uma área repleta de estabelecimentos comerciais. Uma delas com produtos químicos por ser do ramo de material para sapateiro.
A loja funciona na esquina da Rua São Pedro com a São Luiz e pertence a um grupo empresarial de Fortaleza. O sinistro revelou mais uma vez a face cruel da ausência de equipamentos adequados para combater incêndios por parte do Corpo de Bombeiros. São mangueiras furadas, falta de iluminação adequada, motor bomba defasado, ausência de uma escada magirus e de hidrantes no centro de Juazeiro para agilizar o retorno dos caminhões tanque com água.
A escada Magirus, que veio de Sobral, é defesa e já com três décadas de uso. O motor não funcionou e a mesma está encostada como se fora ferro velho. Os bombeiros tentam compensar no braço essa ineficiência e ainda foram ajudados por conta da ocorrência debaixo de fortes chuvas. O fogo se alastrava rapidamente e, se não fosse a precipitação na hora do incêndio, a situação teria sido ainda mais grave. Um grupo de aproximadamente 25 bombeiros, incluindo militares do quartel de Crato, trabalhou no local sob o comando do Major Virgílio Sawaky.
A equipe do Aeroporto Regional do Cariri não veio por conta do pouso da aeronave que estava prestes a ocorrer. Mesmo com as chamas contidas e ainda sob neblina, eles continuaram no local durante a madrugada. A decisão foi tomada mediante a possibilidade do surgimento de novos focos numa forma de guarnecer os estabelecimentos comerciais vizinhos. Populares que passavam no local disseram ter visto raios em meio à chuva, mas não teria sido o motivo por conta da boa quantidade de para raios instalada naquele setor comercial de Juazeiro.
Segundo informações da gerente da loja não havia botijões de gás no refeitório do estabelecimento. A causa do incêndio pode ter sido um circuito na rede elétrica, mas o motivo só será confirmado no resultado do laudo a ser feito pela perícia criminal, cujo resultado deve sair em 15 dias. O prédio conta com uma altura de 15 metros e, recentemente, foi reformado ganhando climatização. O imóvel pertence ao empresário Francisco Amorim da Silva, o Tico Amorim.
Fonte: Miséria
Não é o primeiro incêndio, e infelizmente crêmos que não será o último. Mas gostaríamos que fosse o último abordado desta forma, com homens bravos: nossos hérois do fogo, sem condições mínimas de trabalho, que possam dar super poderes. Este episódio deve influenciar o eleitor na escolha de seus representantes tanto no legislativo, como no executivo.
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