sábado, 6 de fevereiro de 2010

Trem do Cariri não tem onde parar

Cidade ganhou trem e trilhos no ano passado. Faltaram as estações
Uma mexida aqui e outra ali no projeto inicial, e o Metrô do Cariri, que era para ser concluído em julho de 2008, atrasou. Ficou para meados de 2010. As obras começaram em 2006.
Os trens estão prontos e passam por testes de velocidade desde o ano passado. A malha viária de 13,6 quilômetros de extensão foi toda remodelada; os dormentes, substituídos; o lastro também. Mas ainda faltam a oficina de manutenção e as estações, que estão sendo construídas pela empresa Fuad Rassi Engenharia e Comércio Ltda.
Seriam seis estações no começo. Passaram para nove. E o que antes custaria R$ 15,5 milhões fechou em R$ 21,4 milhões. "Prevíamos uma expansão paulatina, mas ela aconteceu no nascedouro", explica Rômulo Fortes, presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor). "E com trem de passageiros não tem chute. Tudo tem que ser bem pensado."
Segundo ele, as alterações no projeto atenderam às reivindicações feitas pela população. "Houve uma mobilização intensa por parte dos moradores. Eles nos pediram várias outras estações. Mas só deu para atender essas três a mais", comenta, explicando que o acréscimo no número de terminais acabou implicando uma nova licitação. Assim, o cronograma atrasou.
O Metrô do Cariri vai servir às duas mais importantes cidades do sul cearense: Juazeiro do Norte e Crato. Juntas, as duas contam com pouco mais de 300 mil habitantes. O transporte será feito por duas composições com tração hidráulico mecânica a diesel.
Os carros são do tipo Veículo Leve sobre Trilho (VLT). Eles foram fabricados pela empresa Bom Sinal, que fica na cidade de Barbalha, também no Cariri cearense. Antes, eram amarelos. Mas, com as alterações no projeto, acabaram sendo repintados de verde. Os veículos são equipados com ar-condicionado, passagem tipo "gangway", e cada composição possui a capacidade de levar 330 passageiros (100 sentados e 230 em pé).
Será um trem de superfície. Antes, quando foi lançado pelo então governador Lúcio Alcântara, o projeto era chamado de "Trem do Cariri". Mas foi rebatizado pelo atual governador do Ceará, Cid Gomes, de "Metrô do Cariri".
Segundo, Rômulo Fortes, a alteração no nome foi feita para tirar dos usuários o velho conceito que os moradores da região tinham de transporte ferroviário, ou seja, sujo, desconfortável e inseguro. "Passamos a trabalhar com a ideia de metrô para que eles tenham a noção de que será um transporte rápido, limpo, climatizado e com segurança presente", promete.
A demanda prevista é de cinco mil passageiros/dia, com período operacional entre 5h30 e 22h30, perfazendo 38 viagens em cada sentido. O trecho a ser utilizado é o mesmo do antigo ferroviário do Crato, administrado nos anos 80 pela extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (Rffsa).
Em Juazeiro do Norte estão sendo construídas as estações ferroviárias de Fátima, Juazeiro, São Pedro, Teatro Marquise Banca (antigo matadouro) e Parque Antônio Vieira. Em Crato, serão construídas as estações São José, Muriti, Padre Cícero e Crato.
O Projeto Trem do Cariri - hoje Metrô do Cariri - faz parte de um conjunto de ações do plano de governo do Estado do Ceará direcionado para a requalificação do transporte ferroviário de passageiros em alguns municípios do interior do Estado.
Os serviços de edificação, terraplenagem, remodelação da via permanente, para circulação do Metrô do Cariri no trecho Crato-Juazeiro do Norte incluem a construção do desvio da estação São José; desvio da entrada das oficinas; remodelação da via entre a estação de Juazeiro e o bairro de Fátima; construção das estações de passageiros Padre Cícero, Muriti, Antônio Vieira, Teatro, São Pedro e Fátima; estações de passageiros do Crato, São José; e urbanização da estação do Crato.
Originalmente, incluía Missão Velha, Juazeiro e Crato. Mas o projeto de viabilidade demonstrou que a extensão até Missão Velha aumentaria os custos em mais de R$ 20 milhões. Ficou para depois.
(Fonte: Estado de SP)
 
Esta matéria foi publicada em 20 de setembro de 2009, mas continua bem atual, visto que o Trem do Cariri, ainda não têm onde parar! A promotoria pediu que a obre só fosse inaugrada quando fosse colocada toda sinalização para segurança nas passagens de nível. Também teria sido oportuno que a Justiça eleitoral proibi-se inaugurações, com bandas de música, e muita publicidade, sem a conclusão das obras, de modo a não terem condições operacionais imediatas. O CEO, em Juazeiro, é outro exemplo de obra inaugurada sem condições de uso (falta a instalação de rede elétrica, e os cirurgiões Buco-maxilo-faciais selecionados não aceitaram a proposta salarial considerada muito defasada). Achamos altamente provável que estas duas coisas aconteçam com o HRC - Hospital Regional do Cariri: seja inaugurado sem condições de funcionamento, e/ou não preencha todos os cargos existentes por baixos salários!

Um comentário:

  1. DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...




    "As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
    têm direito inalienável à Verdade, Memória,
    História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado




    O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA


    No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato "JOSÉ LOURENÇO", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre Cícero Romão Batista, encarados como “socialistas periculosos”.



    O CRIME DE LESA HUMANIDADE


    O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.


    A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS


    Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará É de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e pelos Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que: a) seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) sejam os restos mortais exumados e identificados através de DNA e enterrados com dignidade, c) os documentos do massacre sejam liberados para o público e o crime seja incluído nos livros de história, d) os descendentes das vítimas e sobreviventes sejam indenizados no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos



    A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO


    A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, redistribuída para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá foi extinta sem julgamento do mérito em 16.09.2009.



    AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5


    A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do Sítio Caldeirão é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do Sítio Caldeirão não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;



    A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA


    A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo desaparecimento forçado de 1000 pessoas do Sítio Caldeirão.


    QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA


    A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem encontrar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes procurados no "Geopark Araripe" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?



    A COMISSÃO DA VERDADE


    A SOS DIREITOS HUMANOS busca apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue esta notícia em seu blog, e a envie para seus representantes na Câmara municipal, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal que informe o local da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão.



    Paz e Solidariedade,



    Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
    OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
    Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
    Membro da CDAA da OAB/CE
    www.sosdireitoshumanos.org.br

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