sábado, 19 de junho de 2010

Juazeiro do Norte na mira do Assaí.

A abertura da quarta unidade do Assaí no Ceará, ontem, na Parangaba, promete ser o primeiro de outros investimento da rede de lojas no Estado em 2010. No momento, o Grupo Pão de Açúcar prospecta o mercado para abertura de outra loja na região sul da Capital, possivelmente em Messejana. No Interior cearense, Juazeiro, no Cariri, é o primeiro a despertar interesse da empresa.
A informação é do diretor geral do Assaí, Maurício Ferrucci, que veio à Fortaleza participar da inauguração. Segundo ele, no plano de expansão estão previstas para este ano 18 novas lojas Assaí no país. "A loja da Parangaba foi a terceira aberta este ano. Ainda faltam 15, sendo que duas já estão confirmadas para o estado de Pernambuco", antecipa.
Até 2010 a perspectiva é que sejam abertas 110 lojas em todo o Brasil. De acordo com Ferrucci, o Estado do Ceará, que foi a porta de entrada da expansão do Grupo no Nordeste, também será contemplado no plano de expansão do Assaí. "A Região do Cariri, por exemplo, interessa bastante, principalmente Juazeiro. Sobral e várias outras cidades também estão sendo prospectadas. Quem sabe até o fim do ano, mas com certeza até o próximo ampliaremos nossa presença no Estado", dá a pista.
Em Fortaleza, ele garante que "há intenção de (abrir) pelo menos mais uma loja até o fim do ano". "Deve ser mais na região Sul da Cidade, que ainda não foi contemplada, como Messejana. Mas ainda estamos prospectando o local", desconversa.

Fonte: DN.


Achamos que todos os seguimentos explorados em Juazeiro, principalmente os de maiores sucessos, como é o caso do Atacadão, não conseguem ficar sozinhos, sem a presença de concorrentes. No Brasil, 3 grandes grupos varejistas disputam de forma acirrada o mercado: Pão de Açucar, Carrefor e Walmart. Estes 03 grupos têm bandeiras diferentes de acordo com o seguimento explorado: Assaí, Atacadão e Maxxi, por exemplo, são respectivamente os nomes dados as lojas com modelo de atacarejo de cada grupo. Extra, Carrefour e HiperBompreço os nomes dados também respectivamente aos hipermercados, e assim por diante.

Achamos que O Atacadão acreditou em Juazeiro e os outros atacarejos apenas vêm obter uma fatia em nosso mercado. Esperamos investimentos no modelo de hipermercado, pois ainda somos carentes nesta modalidade, com certeza há um nicho de mercado com grande potencial ainda ocioso neste setor.
21/03/2010 - 10:57h

Grande varejo avança no interior do NE



Redes desembarcam em cidades médias, como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE), onde o consumo mais se expande hoje no país



De olho no aumento do consumo da classe C, grupos vão destinar boa parcela de seus investimentos à abertura de lojas na região



MARIANA BARBOSA – FOLHA SP

DA REPORTAGEM LOCAL



Grandes redes como Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart e Lojas Americanas estão descobrindo o interior do Nordeste.

Atraídas pelo aumento de renda da classe C, essas empresas estão investindo em formatos menores para se instalar em municípios de 200 mil a 400 mil habitantes, como Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco.

Essas cidades médias do interior nordestino devem absorver parte significativa dos investimentos planejados pelos grandes varejistas, de mais de R$ 11 bilhões até 2013, com a abertura de mais de mil lojas.

Um estudo da consultoria Target Marketing feito a pedido da Folha mostra que as cidades desse porte na região Nordeste são as que apresentam as maiores taxas de expansão do poder de consumo. “O crescimento está se espalhando pelo interior”, diz Marcos Pazzini, diretor da consultoria.

“Há um esgotamento do mercado no eixo Rio-SP, onde o custo de operação é muito mais alto e a competição é mais acirrada”, avalia Olegário Araújo, gerente de atendimento a varejistas da Nielsen.

No Grupo Pão de Açúcar, o foco neste ano será levar as bandeiras Extra Supermercado e Assaí para fora do eixo Rio-São Paulo, principalmente para o Nordeste. O grupo não revela quantas das cem novas lojas previstas para este ano irão para o Nordeste, mas a expansão já começou. Em fevereiro, o grupo inaugurou um Assaí em Caruaru, o primeiro em Pernambuco. “Estamos vendo hoje uma grande expectativa de crescimento da segunda cidade de cada Estado da região”, diz o diretor-executivo de operações e comercial regional do Grupo Pão de Açúcar, Marcelo Lopes.

“Quando você já tem a consolidação na primeira cidade, você pode, então, partir para atender a demanda das menores com um formato que não precise de tanto investimento.”

O Walmart, que com a aquisição da rede Bompreço em 2004 se transformou em líder do varejo no Nordeste, pretende destinar à região metade dos investimentos de R$ 2,2 bilhões previstos para este ano. No ano passado, das 91 lojas abertas pela varejista, 44 foram no Nordeste. Destas, mais da metade está no interior, em cidades pequenas e médias.

O Carrefour também prepara a expansão de seu formato Bairro, hoje concentrado em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. “Nosso foco é reforçar a atuação em praças em que já estamos e ainda expandir para as regiões Norte e Nordeste”, diz Renata Moura, diretora de Assuntos Corporativos.

O plano de expansão das Lojas Americanas prevê a entrada da rede em 200 novas cidades até 2013. Com um investimento de R$ 1 bilhão, a empresa pretende abrir 400 lojas, das quais 90 no Nordeste. Isso significa bem mais que dobrar de tamanho na região -de 61 para 151 unidades.

O crescimento do poder de consumo das famílias no interior do Nordeste tem origem, entre outros fenômenos, em um processo de migração industrial que ocorreu nos últimos anos. Atraídos por incentivos fiscais e custos menores, diversos fabricantes de bens de consumo, como calçados, têxteis e alimentos, abriram unidades no Nordeste, gerando empregos e renda maior.

“O Bolsa Família teve um impacto nos primeiros três anos, mas já está absorvido. Hoje o efeito é mais incremental”, avalia Alberto Serrentino, sócio sênior da consultoria GS&MD Gouvêa de Souza.

Para crescer no Nordeste, porém, não basta ter uma marca conhecida. Ao desembarcar na região, os gigantes do varejo encontram redes regionais fortes, que também se beneficiaram do aumento da renda nos últimos anos. Algumas se tornarão alvo de aquisições. Outras serão concorrentes. “Há muita gente boa no [varejo do] Nordeste, que não se intimida”, diz Serrentino. “Só se dá bem quem entende o mercado e consegue adaptar o sortimento à cultura local”, conclui Souza.



Aumenta o peso das cidades médias no consumo nacional



Localidades do Norte e do Nordeste ampliam participação, aponta estudo; Sul e grandes municípios do Sudeste perdem



No setor de shoppings, rede moderniza unidades no interior nordestino, com novas praças de alimentação e salas de cinema multiplex



DA REPORTAGEM LOCAL FOLHA SP



Estudo da consultoria de pesquisa de mercado Target Marketing, feito com base em dados do consumo das famílias medido pelo IBGE, mostra que as cidades médias do Nordeste são as que apresentam as maiores taxas de crescimento do potencial de consumo no Brasil, medido pelo IPC (Índice de Potencial de Consumo).

O IPC fornece a participação de cada um dos 5.564 municípios em relação ao total do consumo no país. Juazeiro do Norte (CE), com 249 mil habitantes, elevou sua participação relativa em 18,2% em 2009. Campina Grande (PB), com 383 mil e presença maior no consumo, cresceu 17,77%.

Os estudo mostra ainda que, enquanto as regiões Norte e Nordeste ganharam participação em relação ao consumo total do país em 2009, o Sul e boa parte dos municípios do Sudeste perderam. O IPC de São Paulo, por exemplo, caiu 4,73%.

Em 2000, as 27 capitais respondiam por 35,5% do total do consumo nacional. No ano passado, essa fatia caiu para 32%.

“As redes varejistas estão olhando o interior do Nordeste com outros olhos”, afirma Ewerton Rios, diretor regional Norte Nordeste da Aliansce, empresa de shopping centers com sede no Rio de Janeiro e com shoppings em Feira de Santana e Itabuna, na Bahia, e em Campina Grande.

Para atender à demanda de varejistas como Líder, Renner e Centauro, a Aliansce vai investir neste ano na modernização e na ampliação dos três shoppings e está construindo ainda um outro, em Vitória da Conquista (BA). Os três shoppings existem há dez anos e foram criados em torno de um hipermercado. “Estamos atualizando os equipamentos, com praças de alimentação mais elaboradas, banheiros mais bonitos e salas de cinema multiplex”, diz Rios. “Com o aumento da renda, a população passa a ter outras exigências.”



Formalização

A expansão das grandes redes de varejo no Nordeste tem contribuído para a formalização do setor. Estima-se que a informalidade represente 50% do mercado varejista.

Para poderem competir de igual para igual em custos, os grandes varejistas do Sudeste apostam na difusão, no Nordeste, de sistemas de arrecadação como a Nota Fiscal Eletrônica e a substituição tributária (recolhimento do tributo no início da cadeia produtiva).

A adoção da substituição tributária não é obrigatória, mas alguns Estados do Nordeste já usam o sistema para certas atividades. É o caso de Ceará e Pernambuco, justamente os Estados por onde o Pão de Açúcar decidiu iniciar sua expansão. O setor estima que, com o sistema, em dois ou três anos a formalização deverá representar de 60% a 70% das vendas do varejo. (MARIANA BARBOSA)

3 comentários:

  1. O IPC fornece a participação de cada um dos 5.564 municípios em relação ao total do consumo no país. Juazeiro do Norte (CE), com 249 mil habitantes, elevou sua participação relativa em 18,2% em 2009. Campina Grande (PB), com 383 mil e presença maior no consumo, cresceu 17,77%.

    O grupo não revela quantas das cem novas lojas previstas para este ano irão para o Nordeste, mas a expansão já começou. Em fevereiro, o grupo inaugurou um Assaí em Caruaru, o primeiro em Pernambuco. “Estamos vendo hoje uma grande expectativa de crescimento da segunda cidade de cada Estado da região”, diz o diretor-executivo de operações e comercial regional do Grupo Pão de Açúcar, Marcelo Lopes.

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  2. O grupo não revela quantas das cem novas lojas previstas para este ano irão para o Nordeste, mas a expansão já começou. Em fevereiro, o grupo inaugurou um Assaí em Caruaru, o primeiro em Pernambuco. “Estamos vendo hoje uma grande expectativa de crescimento da segunda cidade de cada Estado da região”, diz o diretor-executivo de operações e comercial regional do Grupo Pão de Açúcar, Marcelo Lopes.

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  3. O IPC fornece a participação de cada um dos 5.564 municípios em relação ao total do consumo no país. Juazeiro do Norte (CE), com 249 mil habitantes, elevou sua participação relativa em 18,2% em 2009. Campina Grande (PB), com 383 mil e presença maior no consumo, cresceu 17,77%

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