Membros do poder legislativo estadual reinvidicão a criação do SAMU - Serviço de atendimento Móvel de Urgência no Cariri. Mas é preciso entender alguns problemas de natureza técnica interferentes na funcionabilidade desta ferramenta de extrema necessidade local. As duas principais capitais que exercem influência sobre o Cariri, Fortaleza e Recife, contam com grandes unidades de atendimento multidisciplinar em regime de urgência, principalmente politraumatizados: IJF - Instituto Dr. José Frota e HR - Hospital da Restauração, respectivamente. Numa atitude politiqueira, fundamentada em antigos vícios, e longe de ser a melhor alternativa para a população de modo geral, encontramos uma fragmentação na oferta de serviços pelo SUS. O hospital referência em neurocirurgia, por exemplo, não dispõe, pelo menos em convênio com o SUS - Sistema Único de Saúde, de atendimentos em cirurgias: torácica, vascular,ortopédica e buco-maxilofacial. Pacientes politraumatizados muitas vezes precisam de várias intervenções cirúrgicas a serem realizadas por diversas especialidades. Os demais hospitais que possuem uma ou mais das citadas especialidades não dispõe do suporte neurocirúrgico, e vice-versa. Já hospitais onde são realizados os primeiros atendimentos, com destaque negativo para o Hospital Estephânia Rocha Lima, não têm um mínimo suporte necessário (como ventiladores mecânicos, bombas de infusão contínua, insumos e recursos humanos para procedimentos intervencionistas iniciais de emergência); fazem transferências sem acompanhamento médico, que são os únicos responsáveis pelo deslocamento até o recebimento em serviços de referência. Como criar o SAMU Cariri se em uma ponta não há o primeiro atendimento cabível e em outra não se dispõe da equipe completa?
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