Com investimento de R$ 36 milhões e prazo para conclusão em 2011, a Rodovia Padre Cícero pode atrasar em seu cronograma. É que os funcionários que trabalham no trecho de 48 Km, entre os municípios de Caririaçu e Lavras da Mangabeira, ameaçam paralisar atividades caso não seja efetuado o pagamento. A queixa é que os salários estão com três meses de atraso situação que abalou a economia do Distrito de Quitaiús, município de Lavras.
As Construtoras Emanuel Galvão, Ral, e Pinheirão foram sub-empreitadas pela Pavotec, vencedora da licitação, para construir o trecho Cariri da rodovia. Tudo começou muito bem, mas, de repente, as empreiteiras passaram a atrasar o pagamento de fornecedores e trabalhadores. Sentindo que a lavoura poderia não apresentar os resultados esperados, o agricultor Pedro Custódio trocou a roça pelas obras na estrada tentando se safar de um prejuízo maior e, agora, vive a se queixar.
Pior para Renê Machado que forneceu alimentação às empresas durante quatro meses, mas só recebeu o primeiro, enquanto o borracheiro José Félix tem dinheiro para receber de consertos em pneus, mas a escassez lhe obriga a ter paciência. Com isso, a alegria de uns se transformou em tristeza quando muitos comerciantes e populares de Caririaçu e Lavras da Mangabeira asseguraram que estão no prejuízo com a construção da rodovia. O comerciante Manoel Viana diz que está com as mãos na cabeça.
Quando o governador Cid Gomes autorizou a obra, os moradores colocaram faixas nas ruas saudando a iniciativa e agradecendo. Responsável por uma das construtoras, Felipe Pinheiro culpa a empresa Pavotec de não ter repassado o dinheiro. A rodovia é parte de um projeto do estado para deixar a distância entre Juazeiro e o litoral cearense na razão de 500 quilômetros. Os caminhos levariam por Quixadá, Banabuiu, Solonópole, Orós, Cedro, Lavras e Caririaçu.
Fonte: Miséria
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